"Falo a língua dos loucos, porque não conheço a mórbida coerência dos lúcidos"

Katsushika Hokusai - Um dos gênios da arte japonesa

Katsushika Hokusai (1760 – 1849) foi pintor e desenhista japonês nascido na cidade japonesa de Edo, posteriormente Tóquio, um dos grandes mestres da gravura japonesas, e um dos grandes gênios criadores e inovadores de todos os tempos, o mais célebre dos artistas japoneses. Filho de um artesão, desde criança mostrou-se inclinado para a arte. Em 1778 passou a ser discípulo de Katsukawa Shunsho (1726-1793), mestre da escola Ukiyo-e, que se caracterizava pelas cenas de costumes.

Desta primeira fase passou para a representação de temas históricos e paisagens. Produziu notáveis gravuras depois dos seus vinte anos, influenciado por Shigemasa e Kiyonaga, sendo que seus primeiros trabalhos importantes foram efetuados, sob o nome Kako. Finalmente (1797) adotou o nome de Hokusai, e iniciou o seu primeiro período importante de produção de gravuras e livros. Desde seus 30 anos, separou-se definitivamente da temática da escola Ukiyo-e e começou a viver a idade de ouro de sua arte. Na virada do século ilustrou novelas históricas e começou a dar maior atenção aos motivos clássicos ou tradicionais.
Em torno dos 50 anos, passou a se dedicar a livros de ilustrações e começou a publicação de Kokusai Manga, uma série de álbuns que formaram uma espécie de enciclopédia da vida japonesa em imagens. Durante toda sua vida profissional lutou para encontrar novos caminhos para sua expressão artística e morreu em Edo. Entre suas milhares de gravuras destacou-se entre outras “A Grande Onda de Kanagawa” abaixo:
Xilogravou muitos artistas famosos, as conhecidas beldades e os lutadores de sumô da época. Viajou por muitos lugares, xilogravou muitos retratos, paisagens, flores, plantas e animais, tornando-se o maior artista da época. É conhecido também por suas excentricidades, mudando de residência 93 vezes e trocando o seu nome artístico mais de 30 vezes. O pseudônimo “Katsushika Hokusai”, nome pelo qual é conhecido mundialmente, foi adotado por ele em 1805.
Até falecer, aos 90 anos, dedicou-se de corpo e alma à pintura, que foi seu meio de sustento, mas nunca lhe deu uma vida abastada.